2 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 - Problemática da sociedade contemporânea
Segundo Anthony Giddens o termo modernidade refere-se aos modos de vida e de organização social que emergiram na Europa por volta do século XVII. Para o autor “A modernidade altera radicalmente a natureza da vida social quotidiana e afecta os aspectos mais pessoais da nossa experiência. (…) A vida social moderna caracteriza-se por processos profundos da reorganização do tempo e do espaço, aliados à expansão de mecanismos de descontextualização – mecanismos conducentes à abstracção das relações sociais de localizações específicas, recombinando-se através de vastas distâncias de espaço-tempo.” A sociedade contemporânea é caracterizada por um conceito relativamente recente: a globalização.

2.2 - Problemática das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC)
Podemos, então, dizer que Tecnologias de informação consistem em processos de tratamento, controlo e comunicação de dados, fundamentalmente através de meios electrónicos. Os processos de tratamento de dados estão essencialmente ligados à informática e, portanto, à utilização de computadores ou sistemas informáticos. É fulcral que as TIC ajudem a lembrar e a pôr em prática os princípios fundadores da escola democrática: a igualdade de oportunidades, a formação crítica dos futuros cidadãos e a adaptação das crianças à sociedade, nomeadamente no que respeita a inserção profissional. As novas formas de comunicação permitem, devido à substituição das vias de comunicação tradicionais, a aproximação dos lugares, o rápido acesso a novas formas de conhecimento e a um vasto leque de informação. Estamos, então perante um serviço de transmissão de informação à distância, que envolve a integração de sistemas, tais como: a televisão, vídeo, linhas telefónicas, satélites, etc. A gama de serviços oferecidos está em permanente expansão, de tal modo que os termos utilizados estão também em constante expansão, como teleconferência, Internet, correio electrónico, telemóvel, SMS, MMS, etc. As telecomunicações assumem uma posição de destaque na sociedade moderna, sobretudo nos países desenvolvidos, sendo mesmo responsáveis pelas rápidas transformações económicas e sociais ocorridas nesse países, em particular, e no mundo, em geral. Em 1947 surgiu a primeira ideia concreta de telefonia celular. Pesquisadores americanos discutiram o uso de telefones móveis que usavam “células” que identificariam o usuário em qualquer região na qual fosse iniciada a chamada. No mesmo ano, a Federal Communications Commission decidiu autorizar frequências específicas de rádio para comunicação móvel. Contudo, esta autorização era bastante limitada. Em 1968, grandes companhias americanas, propuseram o sistema que prevaleceu, do uso de várias torres que atenderiam os usuários de pequenas áreas. Finalmente iniciou-se a expansão do uso do serviço de telefonia móvel celular. Porém, somente em 1977 é que o serviço foi testado com um público de 2000 pessoas em Chicago. De imediato uma empresa japonesa começou a testar os mesmos serviços no Japão. Mas o uso comercial só aconteceu em 1983, em Chicago, quando a empresa Ameritech disponibilizou o serviço comercialmente. Efectivamente o uso do telemóvel traz diversas vantagens como a comunicação em tempo real, a possibilidade de visualizar imagens, sem estar dependente de fios, estar comunicável 24 horas por dia em qualquer sítio, possibilidade de ter acesso a uma gama de serviços, que vão desde a consulta do saldo bancário, visualizar mensagens e saber as últimas notícias, entre outras. É importante referir que o telemóvel promove o anulamento do diálogo directo, já que é mais fácil mandar uma mensagem ou falar via telemóvel. Também, o uso dos telemóveis em locais públicos como em restaurantes, comboios, hospitais, tribunais, entre outros, começam a ser um aborrecimento constante, estando a ser tomadas algumas medidas para restringir o seu uso. E por fim há a questão da saúde, já que existem estudos em que provam que o uso do telemóvel é prejudicial à saúde.

2.3 - Problemática da 3ª Idade
Nos países desenvolvidos verifica-se cada vez mais um envelhecimento da população, onde a proporção de pessoas com idade superior a sessenta e cinco anos está aumentar significativamente. Assim, em média as pessoas vivem muito mais tempo do que viviam há um século atrás, por exemplo. Compreende-se portanto, que esta questão da terceira idade, do ponto de vista social, é relativamente recente. Segundo Jenny Hockey e Allison James os idosos são pessoas limitadas e por causa disso são muitas vezes comparadas com as crianças em termos das suas limitações. No século XX designava-se a velhice como sendo somente e nada mais do que um período de doenças, perdas e negação do desenvolvimento. Com o passar dos anos, novos conceitos de velhice, novas idades, novas expectativas de comportamento e sobretudo novas formas de gestão da velhice foram aparecendo. A velhice surge como construção histórica e sócio-cultural complementar à infância.